segunda-feira, 30 de março de 2009

Entrevista com o Engenheiro Benedito da Conceição Filho

Benedito da Conceição Filho, casado há 29 anos com Ione Carvalho da Conceição é pai de três filhos, César Luiz, de 28 anos, Márcio Roberto, de 26 anos e Simone, de 21 anos. Formado na Faculdade de Engenharia Industrial (FEI), que antigamente era Universidade Católica, no curso de Engenharia Mecânica, estudou também no exterior, nos Estados Unidos, na Europa e no Japão. Trabalha na Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB), há 33 anos, deu aulas na Companhia por necessidade de transferir a tecnologia para as Indústrias, e foram administrados três cursos durante dez anos.

Aline Carvalho - Qual o cargo que o Senhor ocupa na empresa?
Benedito - Fui superintendente na Baixada Santista e hoje como eu estou mais no final de carreira, dou mais apoio técnico ao pessoal.

- Explique a sua função na empresa
- Eu auxilio no apoio técnico, procuro ver quais são os caminhos que está tomando o meio–ambiente e a administração do meio–ambiente.

- Há quanto tempo trabalha na empresa?
- Estou trabalhando na CETESB há 33 anos.

- O Senhor vai a campo?
- Sim, eu vou a campo. Por que eu preciso ver o que acontece, têm a importância de estar em contato com a realidade.

- Qual o procedimento adequado para o empresário que pretende montar a sua empresa, para não devolver ao meio–ambiente produtos poluentes?
-
Em primeiro lugar, eles têm que achar uma boa localização, que é fundamental sendo que as grandes empresas já fazem isso, em segundo lugar à tecnologia deve ser moderna e já contendo a condição para o fator ambiental que já inclui um tratamento eficiente, enfim que já tem no pacote o avanço ambiental.

- As empresas governamentais (ex. a Petrobrás) ou estatais cooperam de alguma maneira com a CETESB?
- As empresas governamentais hoje nós podemos dizer que sim, porque elas são grandes, tem recursos, tem meios de conseguir os recursos, captam os recursos então ficam mais fácil para eles fazerem o programa de controle.

- Quando uma empresa é denunciada, ela primeiro é notificada ou já é multada? È dado um prazo pra ela se adequar?
- A CETESB adotou um procedimento de negociação, então no primeiro momento, nós vamos verificar o problema ou problemas e vamos dar um prazo para que a empresa encontre as soluções e implante essas soluções. Nós damos um cronograma no qual a partir das tecnologias que estão sendo avançadas. E depende do resultado que é obtido, é concedido o prazo para que a empresa possa se enquadrar.

- E se a empresa for reincidente, a multa é maior? Qual é a punição para a empresa?
- As multas são aplicadas quando à uma desobediência aos prazos estabelecidos, quando vemos que não houve o menor interesse por parte da empresa. Temos que levar em conta também as dificuldades econômicas que atravessamos. Nós deixamos a empresa à vontade para dizer qual o prazo que ela precisa, depois disso nós negociamos. Uma vez que faz o prazo então à empresa tem que fazer um acordo, e se não cumprir é anotado e se continuar a não cumprir a multa pode ser diária, interdição temporária ou até mesmo a interdição definitiva.

- A população está contribuindo com a CETESB?
-
A população contribuiu bastante e podemos ver que á uma ação social bastante extensa e que cada vez está aumentando mais.

- O que a população pode fazer a mais para contribuir?
-
O papel da população pode aumentar a cada dia mais, tem participação na educação ambiental, ações de recuperação de áreas reservadas e assim por em diante. Como por exemplo, na Amazônia quando é cortada uma árvore, já é plantada outra em seu lugar e assim sucessivamente.



Depois da entrevista concedida pelo Engenheiro Benedito Conceição, ele me falou que não é só os carros, indústrias que poluem o ar, temos também outros agravantes, como a construção de prédios, churrascaria, hospitais entre outros. Podemos achar que não é nada, mas quando vamos ver temos várias construções de prédios, várias churrascarias e vemos como é prejudicial ao ar.

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